NÃO OUÇO FALAR EM EFICIÊNCIA

Muitos artigos têm sido publicados na imprensa nas últimas semanas sobre educação. Até porque está em discussão o Plano Nacional de Educação (PNE) para o período de 2011-2020. Devemos lembrar que do PNE atual apenas 30% dele foi cumprido. Vamos ver o que sairá para o próximo. Espero que tenham um mínimo de senso da realidade, primeiro para assumir os erros cometidos; segundo sejam mais pragmáticos e menos político-pirotécnicos e finalmente que se atentem mais a eficiência do sistema. Ouço constantemente o Ministro da Educação falar da vitória na elevação do orçamento do MEC, não discuto a necessidade do mesmo. O que discuto, de forma veemente, é que não vejo em nenhum momento, repito, com base na releitura de algumas matérias, não vi em nenhum momento nos discursos proferidos centrarem na melhoria dos processos no MEC. Não há discurso sobre melhorias na eficiência, fala-se em dinheiro, mas não em modernização dos processos. Vai se falar que no período foi implantado o E-MEC, que é o sistema eletrônico que substituiu o Sapiens. Criou-se um sistema no intuito de tornar o sistema mais ágil, mas os ajustes internos foram insipientes ou não existiram.


Assim, será que não é possível ser mais eficiente? Será que eles não podem utilizar NOSSO dinheiro de forma mais eficiente? Será que como nação, nós podemos imaginar o quanto poderia ser feito com o que é desperdiçado na burocracia?

Vamos dar um exemplo, quanto custou à falha de segurança na prova do ENEM no ano passado? O custo total do exame é ao redor de 110 milhões de reais. O vazamento gerou um acréscimo de 30 a 40 milhões. Pergunto aos meros mortais, o que faríamos com 30 a 40 milhões?

As falhas de planejamento são tão claras em vários momentos que nos assutam, alguns exemplos: se o ENEM e o ENADE são anuais, quais são as datas? Não é possível já determinar as datas dos próximos 4 anos? E estabelecer todo um cronograma anual de preparação? Com todas as etapas definidas? Com mecanismos de segurança? Com planos emergências definidos em todas as etapas? Um planejamento melhor das provas? No ENADE de 2009, 7% das questões (54 questões) foram anuladas por problemas de formulação ou por terem conotação política. Quer dizer que ninguém revisou as provas?

Portanto, onde está o planejamento? Um planejamento claro, que possa ser visualizado por todos, pois são fatos de interesse de todos.

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