Ficha Limpa

Nos últimos dias fomos abarcados por dois fatos importantes sobre a corrupção no Brasil: o primeiro é o estudo da FIESP sobre o custo da corrupção no Brasil e o segundo é a aprovação do projeto “Ficha Limpa” no Congresso Nacional.

Não podemos nos surpreender com o fato dos elevados níveis de corrupção no Brasil, já que todos os dias, se acompanharmos atentamente os canais de informação, encontraremos fatos sendo revelados. O que assusta é o montante envolvido, segundo a pesquisa, este custo está entre 46 e 64 bilhões de reais por ano. Para se ter uma idéia, isto representa 1 mês da arrecadação federal.

No segundo fato, a aprovação do projeto “ficha limpa”, projeto desencadeado por uma ação da população por meio de assinado. O projeto torna inelegíveis os políticos condenados por um colegiado, isto é, por segunda Instância. Busca dentro de suas limitações uma purificação do ambiente político. Limitações, porque não há fórmula para corrigir caráter, não há mecanismo para impedir que pessoas se elejam com fins particulares. Mesmo com a alteração feita pelo Senador Francisco Dornelles no tempo verbal de alguns artigos, que podem dar a entender que a validade da lei será apenas para as eleições de 2012. O que provavelmente acarretará em consulta ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De qualquer maneira é um avanço. Mesmo que só tenhamos a aplicação em 2012. Não podemos esquecer que há outra forma de impedir a manutenção destes cidadãos no Congresso: AS URNAS. Não há mais dúvida pelos montantes envolvidos de que os Governadores, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Vereadores e o Excelentíssimo Presidente da Republica devem ser pessoas de CARÁTER, que estejam efetivamente representando a população nos seus anseios coletivos.

Não podemos argumentar e nos desculparmos por desconhecimento, hoje com os meios de comunicação não é aceitável mostrar ignorância dos fatos, breves pesquisas podem nos subsidiar em nossas decisões. E é responsabilidade de todos aqueles que têm acesso as informações atuarem como facilitadores para aqueles que não têm condições de ter acesso aos instrumentos de informação.

Nossa vigilância tem de ser constante. Vou fazer um exercício, como não sabemos quais os acordos estabelecidos entre os políticos. Podemos nos ver diante do fato de ocorrer um aparelhamento ainda maior, pois estes senhores, provavelmente, serão acomodados em outros cargos, sem a necessidade de pleito. E operarão ainda mais na sombra. Um perigo ainda maior.

Para finalizar não podemos ser cúmplices de corrupção e todos os crimes que nos deparamos pelos canais de informação. Se elegermos alguém condenado ou que respondem a diversos processos judiciais, só posso depreender que sou cúmplice dos crimes cometidos por aquele em que votei. O discurso da ética e da moral permeia os períodos eleitorais, contudo só tem significado ser forem praticadas.

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